São Vicente de Paulo (1581 a 1660) é um dos Santos mais expressivos da
Igreja Católica.
O filme em preto e branco, é uma produção francesa, ganhadora do Oscar
de melhor filme estrangeiro de 1937, que conta a vida desse padre e sua
relevante contribuição para a humanidade.
Destacam-se no filme, as locações, o cenário e o figurino, considerando-se
os padrões da época.
No papel principal está o ator Pierre Fresnay numa atuação irrepreensível. Ele
consegue trasmitir a figura do “santo”, ou seja, uma pessoa iluminada por Deus,
que se dedicou aos pobres e principalmente aos enfermos e aos órfãos.
São Vicente de Paulo era atormendo pela sua profunda angústia ao testemunhar
o sofrimento dos necessitados. Em determinado momento do filme, Monsieur Vicente se hospeda numa pensão que mais parece um
“cortiço” e já na primeira noite ele ouve os dramas comuns de seus moradores:
um homem bêbado chega em casa e bate na mulher; o marido briga com a esposa e
acabam se acertando “na cama”, mas para tanto, deixam os quatro filhos dormindo
no lado de fora do quarto; uma mulher grita a noite inteira de dor, e outra fica aos berros na plenitude de sua loucura.
No dia seguinte, ele procura um amigo padre que se tornará
seu seguidor e resolve fazer algo que efetivamente possa ajudar os pobres e os
necessitados em grande escala, dizendo a famosa frase: “antes de pensar em salvar
a alma deles, deve-se dar aos miseráveis uma vida pela qual fiquem sabendo que
estão vivos“
A partir daí
São Vicente de Paulo cria a instituição do orfanato para as crianças
abandonadas (que posteriormente é difundida por toda a Europa e mais tarde ao
mundo inteiro), bem como, hospitais para receber os enfermos pobres.
Num apelo que o padre Vicente fez
durante um sermão, nasce o movimento das Senhoras Damas da
Caridade (Confraria da Caridade). Mais tarde, foi criada a Confraria das Irmãs
da Caridade, atuais Filhas da Caridade. Esta passagem é retratada pelo filme e nos faz
ter a noção de como o trabalho voluntário nasceu.
É um filme que revela que muitos
dos problemas e dos sofrimentos dos pobres dos séculos 16 e 17, são os mesmos dos
dias de hoje. A diferença é que não temos São Vicente de Paulo entre nós.
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