quarta-feira, 25 de julho de 2012

FILME – A VIDA DE SÃO VICENTE DE PAULO


São Vicente de Paulo (1581 a 1660) é um dos Santos mais expressivos da Igreja Católica.

O filme em preto e branco, é uma produção francesa, ganhadora do Oscar de melhor filme estrangeiro de 1937, que conta a vida desse padre e sua relevante contribuição para a humanidade.

Destacam-se no filme, as locações, o cenário e o figurino, considerando-se os padrões da época.

No papel principal está o ator Pierre Fresnay numa atuação irrepreensível. Ele consegue trasmitir a figura do “santo”, ou seja, uma pessoa iluminada por Deus, que se dedicou aos pobres e principalmente aos enfermos e aos órfãos.

São Vicente de Paulo era atormendo pela sua profunda angústia ao testemunhar o sofrimento dos necessitados. Em determinado momento do filme, Monsieur Vicente se hospeda numa pensão que mais parece um “cortiço” e já na primeira noite ele ouve os dramas comuns de seus moradores: um homem bêbado chega em casa e bate na mulher; o marido briga com a esposa e acabam se acertando “na cama”, mas para tanto, deixam os quatro filhos dormindo no lado de fora do quarto; uma mulher grita a noite inteira de dor, e outra fica aos berros na plenitude de sua loucura.

No dia seguinte, ele procura um amigo padre que se tornará seu seguidor e resolve fazer algo que efetivamente possa ajudar os pobres e os necessitados em grande escala, dizendo a famosa frase: “antes de pensar em salvar a alma deles, deve-se dar aos miseráveis uma vida pela qual fiquem sabendo que estão vivos

A partir daí São Vicente de Paulo cria a instituição do orfanato para as crianças abandonadas (que posteriormente é difundida por toda a Europa e mais tarde ao mundo inteiro), bem como, hospitais para receber os enfermos pobres.

Num apelo que o padre Vicente fez durante um sermão, nasce o movimento das Senhoras Damas da Caridade (Confraria da Caridade). Mais tarde, foi criada a Confraria das Irmãs da Caridade, atuais Filhas da Caridade. Esta passagem é retratada pelo filme e nos faz ter a noção de como o trabalho voluntário nasceu.

É um filme que revela que muitos dos problemas e dos sofrimentos dos pobres dos séculos 16 e 17, são os mesmos dos dias de hoje. A diferença é que não temos São Vicente de Paulo entre nós.

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