Qualquer cidadão tem
consciência que a educação é importante na vida de uma pessoa, seja qual for a
idade.
Entretanto, quero abordar
o assunto sob outro enfoque. Que a educação pode e deve ser utilizada como
ferramenta para evolução econômica do país (não só cultural) e para melhorar
nossa qualidade de vida.
Fazer da educação um
círculo virtuoso no sentido de resolver muitos dos problemas do Brasil é a
única solução.
Sem uma revolução através
do investimento na educação, jamais seremos uma potência mundial; jamais
teremos serviços públicos adequados; nunca teremos segurança; a corrupção
continuará em níveis intoleráveis; e o povo permanecerá doente e ignorante.
A solução da maioria dos
problemas de nosso país parece simples e é simples. Investimento na educação e
mais nada!
E, porque não partimos por
esse caminho?
As respostas são óbvias:
incompetência dos governos e falta de vontade política.
Existem muitos exemplos
que eu poderia indicar de que a educação pode resolver a maioria dos problemas
de um país subdesenvolvido, como é o Brasil.
Porém, vou apontar apenas
dois parâmetros: um fora do Brasil e outro aqui dentro, o que torna dispensável
outros exemplos.
A Coreia do Sul, em 20
anos de investimento pesado na educação, se transformou numa potência mundial.
Vários documentários apresentados por emissoras de televisão já mostraram isso
de forma muito clara. Basta atentarmos para os automóveis coreanos de boa
qualidade que são vendidos no mundo todo, para medirmos como aquele país,
destruído pela guerra, conseguiu evoluir.
Dentro do Brasil, sou
testemunha da qualidade e dos resultados do “Colégio EMBRAER”, com uma unidade
em São José dos Campos e atualmente, com outra unidade em Botucatu –SP. Se
houver interesse do leitor nos resultados incríveis que são alcançados por esse
Colégio, basta entrar no site da
instituição.
Mas posso adiantar aos
senhores alguns dados. O Colégio Embraer está entre as melhores escolas do
país. Em 2008, pelo EMEN, ficou em 1o lugar no Ranking do Estado de
S. Paulo. Em 2010 em 4o, lugar. E mais: 80% dos alunos entraram em
universidades públicas de ensino superior. Detalhe importante: todos os alunos
são egressos do ensino fundamental de escolas públicas.
Portanto, essa é uma
pequena prova de que ensino de qualidade transforma as pessoas.
Assim, falta “investir
melhor” na educação, pois, dinheiro público não falta. Investir no professor,
em primeiro lugar; na estrutura escolar; no ensino em período integral; na
alimentação adequada dentro da escola, são os pilares de um correto
investimento na educação.
Se tivermos educação,
criaremos um circulo virtuoso. As pessoas com instrução, vale dizer, com melhor
qualidade de ensino, terão mais oportunidades de viver com dignidade através do
trabalho e de uma vida social mais saudável.
Por consequência, a
criminalidade diminui, já que um cidadão com boa formação cultural e educacional,
terá mais oportunidades profissionais e naturalmente irá preferir optar por uma
vida lícita e tranquila. Logo, o Estado terá menos despesas com a segurança
pública e com o sistema carcerário.
Neste mesmo sentido, a
população será menos doente, porque, com educação, terão a cultura dos bons
hábitos alimentares e de higiene, além da prática da prevenção. Logo, o Estado
terá menos gastos com Saúde e com a Previdência Social e poderá investir essa
economia na própria saúde pública, em infraestrutura de saneamento e na prevenção de doenças e epidemias.
Com educação e cultura, os
valores e os princípios são outros e as leis são respeitadas pelos cidadãos, de modo que os maus hábitos, como
vandalismos ao patrimônio público e desperdícios de energia, água e alimentos,
diminuirão sensivelmente. Resultado: menos despesas para o Poder Público.
Com a economia desses tipos
de despesas, haverá sobra de dinheiro para outros investimentos para
infraestrutura e o país passará a crescer economicamente.
Precisamos de GESTÃO de
qualidade do dinheiro público, a começar pelo investimento na educação. Nossa
carga tributária é de país de primeiro mundo, cerca de 40% do PIB, próximos de
países como França e Austrália. Mas os serviços públicos devolvidos são de
terceiro mundo ou pior.
Se dinheiro não falta, não
resta outra conclusão senão de que nossos governantes são péssimos
administradores e o povo brasileiro, apesar de sofrer as consequências, tem sua
culpa nisso. Afinal, somos nós que escolhemos os governantes!
Devemos ter em mente que a
educação provoca um círculo virtuoso, sendo esse o único ponto de partida para
as mudanças que desejamos, caso contrário, nada mudará.
Não será a edição de leis
severas e a construção de presídios que irá diminuir a criminalidade. Não será
a construção de mais hospitais ou a “importação” de médicos de Cuba que irá resolver
os problemas da saúde pública.
É uma ilusão e uma falácia!
A cultura de um povo não
se muda com leis ou com criatividades “tupiniquins”. Se muda com educação, que
é a raiz de tudo na vida.
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