quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

CRÔNICA – O CÍRCULO VIRTUOSO DA EDUCAÇÃO E DA CULTURA


Qualquer cidadão tem consciência que a educação é importante na vida de uma pessoa, seja qual for a idade.

Entretanto, quero abordar o assunto sob outro enfoque. Que a educação pode e deve ser utilizada como ferramenta para evolução econômica do país (não só cultural) e para melhorar nossa qualidade de vida.

Fazer da educação um círculo virtuoso no sentido de resolver muitos dos problemas do Brasil é a única solução.

Sem uma revolução através do investimento na educação, jamais seremos uma potência mundial; jamais teremos serviços públicos adequados; nunca teremos segurança; a corrupção continuará em níveis intoleráveis; e o povo permanecerá doente e ignorante.

A solução da maioria dos problemas de nosso país parece simples e é simples. Investimento na educação e mais nada!

E, porque não partimos por esse caminho?  

As respostas são óbvias: incompetência dos governos e falta de vontade política.

Existem muitos exemplos que eu poderia indicar de que a educação pode resolver a maioria dos problemas de um país subdesenvolvido, como é o Brasil.

Porém, vou apontar apenas dois parâmetros: um fora do Brasil e outro aqui dentro, o que torna dispensável outros exemplos.

A Coreia do Sul, em 20 anos de investimento pesado na educação, se transformou numa potência mundial. Vários documentários apresentados por emissoras de televisão já mostraram isso de forma muito clara. Basta atentarmos para os automóveis coreanos de boa qualidade que são vendidos no mundo todo, para medirmos como aquele país, destruído pela guerra, conseguiu evoluir.

Dentro do Brasil, sou testemunha da qualidade e dos resultados do “Colégio EMBRAER”, com uma unidade em São José dos Campos e atualmente, com outra unidade em Botucatu –SP. Se houver interesse do leitor nos resultados incríveis que são alcançados por esse Colégio, basta entrar no site da instituição.

Mas posso adiantar aos senhores alguns dados. O Colégio Embraer está entre as melhores escolas do país. Em 2008, pelo EMEN, ficou em 1o lugar no Ranking do Estado de S. Paulo. Em 2010 em 4o, lugar. E mais: 80% dos alunos entraram em universidades públicas de ensino superior. Detalhe importante: todos os alunos são egressos do ensino fundamental de escolas públicas.

Portanto, essa é uma pequena prova de que ensino de qualidade transforma as pessoas.

Assim, falta “investir melhor” na educação, pois, dinheiro público não falta. Investir no professor, em primeiro lugar; na estrutura escolar; no ensino em período integral; na alimentação adequada dentro da escola, são os pilares de um correto investimento na educação.

Se tivermos educação, criaremos um circulo virtuoso. As pessoas com instrução, vale dizer, com melhor qualidade de ensino, terão mais oportunidades de viver com dignidade através do trabalho e de uma vida social mais saudável.

Por consequência, a criminalidade diminui, já que um cidadão com boa formação cultural e educacional, terá mais oportunidades profissionais e naturalmente irá preferir optar por uma vida lícita e tranquila. Logo, o Estado terá menos despesas com a segurança pública e com o sistema carcerário.

Neste mesmo sentido, a população será menos doente, porque, com educação, terão a cultura dos bons hábitos alimentares e de higiene, além da prática da prevenção. Logo, o Estado terá menos gastos com Saúde e com a Previdência Social e poderá investir essa economia na própria saúde pública, em infraestrutura de saneamento e na prevenção de doenças e epidemias.

Com educação e cultura, os valores e os princípios são outros e as leis são respeitadas pelos cidadãos, de modo que os maus hábitos, como vandalismos ao patrimônio público e desperdícios de energia, água e alimentos, diminuirão sensivelmente. Resultado: menos despesas para o Poder Público.

Com a economia desses tipos de despesas, haverá sobra de dinheiro para outros investimentos para infraestrutura e o país passará a crescer economicamente.

Precisamos de GESTÃO de qualidade do dinheiro público, a começar pelo investimento na educação. Nossa carga tributária é de país de primeiro mundo, cerca de 40% do PIB, próximos de países como França e Austrália. Mas os serviços públicos devolvidos são de terceiro mundo ou pior.

Se dinheiro não falta, não resta outra conclusão senão de que nossos governantes são péssimos administradores e o povo brasileiro, apesar de sofrer as consequências, tem sua culpa nisso. Afinal, somos nós que escolhemos os governantes!

Devemos ter em mente que a educação provoca um círculo virtuoso, sendo esse o único ponto de partida para as mudanças que desejamos, caso contrário, nada mudará.

Não será a edição de leis severas e a construção de presídios que irá diminuir a criminalidade. Não será a construção de mais hospitais ou a “importação” de médicos de Cuba que irá resolver os problemas da saúde pública.

É uma ilusão e uma falácia!

A cultura de um povo não se muda com leis ou com criatividades “tupiniquins”. Se muda com educação, que é a raiz de tudo na vida.

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