domingo, 28 de outubro de 2012

ÓPERA NO MUNICIPAL – VIOLANTA


Dentro da temporada de 2012, o Teatro Municipal de São Paulo recebeu a obra Violanta de ERICH KORNGOLD, que foi composta aos 18 anos de idade no começo do século XX.

Em um só ato, com a Orquestra Sinfônica Municipal & Coral Lírico, a ação se passa no século XV, em pleno Carnaval de Veneza, no palácio do Capitão Trovai (Rodrigo Esteves – barítono), cuja esposa Violanta (Eiko Senda – soprano), está obcecada em vingar a morte de sua irmã que se suicidou por ter sido seduzida e abandona pelo sedutor e volúvel Don Afonso, príncipe de Nápoles (Martin Muehle – tenor).

Violanta vai até a Piazza San Marco para seduzir e atrair Afonso para dentro da residência do Capitão Trovai. Violanta planeja com seu marido que quando estiverem à sós e no momento em que cantar uma canção de carnaval, ele entra para mata-lo.

No entanto, quando Don Afonso começa a contar sua triste história de infância solitária e que perdura até hoje, Violanta percebe que havia se apaixonado pelo sedutor da irmã assim que o conheceu. Violanta revela sua verdadeira identidade e Afonso pede que ela viva o momento e que fiquem juntos.

Descontrolada ela canta a canção de carnaval e se abraça com Afonso. O marido entra na sala, vê os dois abraçados e então atacada Afonso com um punhal. Violanta tentar explicar que ela não traiu o marido e se coloca entre eles, mas por acidente, recebe um golpe mortal.

Essa estória dramática termina com Violante agonizando nos braços do marido.

Sob a regência de Luís Gustavo Petri, a Orquestra Sinfônica de São Paulo está impecável, e, é um espetáculo à parte.

Outro destaque é o Teatro Municipal, totalmente restaurado, em cada detalhe, que está simplesmente deslumbrante. Vale à pena visitar o Municipal só para apreciar sua riqueza e imponência, que particularmente me deu muito orgulho.

domingo, 14 de outubro de 2012

VISUAL – EXPOSIÇÃO DA 30a. BIENAL DE SÃO PAULO

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Com o motivo “A Iminência das Poéticas”, a exposição segue no Prédio da Bienal do Ibirapuera até 07 de dezembro de 2012, com entrada gratuita.

A iminência é entendida como aquilo que está para acontecer. As poéticas, são as expressões de linguagem que os 111 artistas, nacionais e estrangeiros, procuram transmitir ou se comunicar através das mais de 3 mil obras, mais da metade delas produzidas especialmente para essa Bienal.

Estive na Bienal (dia 14/10/12) e pude apreciar ao longo de 5 horas, com muita tranquilidade, toda a exposição. São vídeos, pinturas abstratas, esculturas, fotografias, grafites, trabalhos sobre cartolina, dentre outros trabalhos de arte moderna, focando bastante os detalhes do cotidiano atribulado das pessoas.

O destaque da exposição, na minha opinião, estão nas pinturas abstratas (aleatórias, mas propositais) cujo visual é muito agradável e confortável de se ver. As fotografias eróticas, com nu feminino e masculino; e os colchões de berços de crianças, descartados por orfanatos, que foram levados para médiuns para que fizessem a leitura do que essas crianças pensavam ou sentiam.

As revelações dos médiuns são feitas através de áudio que estão instalados dentro dos colchões. O expectador, ao se aproximar das peças que estão fixados na parede, pode ouvir cada uma dessas histórias, todas elas muito tristes.

As obras são muito ricas, e como se trata de arte moderna, cada pessoa interpreta a obra de uma forma ou como quer, com liberdade, o que torna o passeio leve e prazeroso.