sábado, 22 de setembro de 2012

FILME – INTOCÁVEIS

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De produção francesa, do gênero drama e comédia, o filme baseado em fatos reais, que está em cartaz em cinemas das grandes cidades, foi uma grande surpresa para mim.
É raro você se deparar com um filme tão delicado, sensível e inteligente quanto esse.
O roteiro privilegia o senso de humor, que só por isso o torna diferenciado.
Mas não é só. Paradigmas e preconceitos são colocados em discussão, nos fazendo perceber que o simples e o espontâneo é o suficiente para nos tornar feliz mesmo com todas as diferenças entre as pessoas.
Sem grandes diálogos, mas com muitas sutilezas, principalmente nas expressões faciais dos personagens, os significados e as mensagens são transmitidas com profundidade ao expectador.
Ambientado em Paris, Philippe, (que é interpretado pelo astro francês François Cluzet), é aristocrata e ficou paraplégico depois de um acidente de paraquedas.
Juntamente com sua bela secretaria, Philippe está entrevistando vários candidatos a “cuidador”. Dentre eles está o ator Omar Sy que encarna o vigarista Driss, um senegalês, negro, que foi adotado pelos tios ainda na infância, recém saído da prisão por roubo, mas que precisa obter o visto da visita da entrevista do emprego, apenas para receber o seguro desemprego do governo.
Irreverente, alegre, inocente e divertido, ele conquista Philippe mesmo sem qualquer intenção de trabalhar.
Depois de um período de experiência Driss é contratado definitivamente. Com muitas situações engraçadas eles se tornam amigos fraternais.
Driss transforma a vida de todos: do próprio patrão que volta a sorrir depois de tantos anos; da linda secretaria que é gay, mas que sem saber, é constantemente assediada por Driss;  da governanta que assume o namoro com o jardineiro; da filha adolescente que recebe seu primeiro corretivo do pai por sugestão de Driss; do namorado da filha que a estava fazendo de boba; e até dos vizinhos que deseducadamente estacionavam o carro em frente a garagem da mansão.
Depois que Driss convence Philippe a ter um encontro pessoal a mulher cuja qual se correspondia por carta platonicamente há 06 meses, para ter um amor real, ele vai embora seguir sua vida, sem perder a amizade com o milionário aristocrata.
No final do filme, o verdadeiro Philippe aparece contemplando a paisagem bucólica de uma região montanhosa, valorizando ainda mais essa bela história.
O filme toca a todos e não é à toa que é um dos mais vistos na França.

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