Longe
de ser apelativo, o filme, baseado em fatos reais, e ambientado entre as
décadas de 80/90, conta a história de Mark O’Brien, poeta e escritor, que
contraiu poliomielite ainda quando criança, perdendo todos os movimentos do
corpo, com exceção da cabeça.
Católico
fervoroso, frequentava a igreja quase todos os dias. Além de rezar, conversava
com o pároco, Padre Brendam, sobre tudo, principalmente sobre seu drama de se
sentir incompleto por nunca de tido relação sexual.
O
que me chamou a atenção no filme é que, mesmo com toda sua limitação, três
mulheres se apaixonaram por Mark, pela sua inteligência, bom humor e por sua
peculiar elegância. Cada uma delas de forma diferente, com amores diferentes.
A
primeira, Amanda, uma moça morena e muito bonita que começou a trabalhar como cuidadora de Mark. Rapidamente
ele se apaixona pela cuidadora. Ele sempre bem humorado e ela receptiva, viviam
uma rotina muito divertida. Mas num dado momento Mark resolve se declarar, mas
a perplexidade dela foi tanta que pediu demissão e foi embora. Depois de alguns
anos, a moça volta para se despedir de Mark, em razão de uma viagem para a
Alemanha para estudar a língua local e confessa que também o amava. Disse que
ninguém fazia ela rir; somente ele.
A
segunda foi justamente a terapeuta sexual Cheryl (em atuação magistral de Helen
Hunt em sua volta ao cinema), uma especialista em exercícios de consciência
corporal, que o inicia no sexo com seis sessões previstas.
No entanto, na quarta sessão eles
resolvem antecipar o encerramento do tratamento, pois, Cheryl, casada, se
apaixona por Mark e os dois se declaram. A terapeuta também se apaixonou por
Mark pelo seu romantismo (ele fez um poema para ela) e pela sua inteligência
cativante.
Susan, voluntária de um Hospital,
conheceu Mark depois de um acidente com o aparelho apelidado de pulmão aço, em que
ficava a maior parte do tempo. Mark quase morreu e teve de ir ao hospital onde
Susan trabalhava.
Os poucos dias de sua internação foram
suficientes para Susan se encantar. Foram namorados por mais de 05 anos, até a
morte de Mark aos 49 anos de idade.
Em seu velório, Amanda, Cheryl e obviamente
Susan foram à missa de corpo presente
lhe prestar a última homenagem.
De fato, a história de Mark mostra que
a beleza interior sempre prevalece sobre a exterior. A “elegância” de ser
inteligente, gentil, bem humorado e romântico, cativa e atrai qualquer ser
humano.