domingo, 20 de janeiro de 2013

FILME - INFÂNCIA CLANDESTINA

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O bem produzido filme Argentino é ambientado em Bueno Aires no ano de 1979, época da repressão e da ditadura do governo de então, assim como ocorria no Brasil.

Baseado em fatos reais, a trama e a evolução dos fatos são mostrados aos olhos de um menino de 12 anos.

Juan é filho de pais ativistas contra o governo. Logo no início, Juan volta do exílio no Brasil para conviver com seus pais na periferia de Buenos Aires, e para isso, passa a adotar o nome falso de Ernesto, em homenagem a Che Guevara.

O Curioso do filme é que o tema principal é sobre o amor. Amor do menino pelos pais e pelo seu Tio Beto, pois Juan abre mão de sua verdadeira identidade para poder viver com sua família; e pelo seu primeiro amor: Maria, uma colega de classe que também se apaixona por “Ernesto” e vivem momentos de pureza pueril.

Apesar das histórias de amor, o filme mostra com clareza o ambiente de repressão e de violência daqueles dias de ditadura.

“Erneto” testemunha o cotidiano dos ativistas, suas reuniões, os treinamentos, etc.

O protagonista perde o tio e depois o pai, e sua mãe se torna desaparecida e por conta disso, os militares deixam Juan aos cuidados da avó materna, que sempre foi contra o radicalismo da filha e do genro, que colocavam em risco a vida de todos e principalmente do neto.

O diretor opta por não mostrar a violência crua ou explícita da ditadura, mas mesmo assim consegue expor o horror do sistema.

É um filme muito interessante, porque, apesar da crueldade daquele momento da história, o sentimento de amor sobreviveu.