O bem
produzido filme Argentino é ambientado em Bueno Aires no ano de 1979, época da
repressão e da ditadura do governo de então, assim como ocorria no Brasil.
Baseado em
fatos reais, a trama e a evolução dos fatos são mostrados aos olhos de um
menino de 12 anos.
Juan é
filho de pais ativistas contra o governo. Logo no início, Juan volta do exílio
no Brasil para conviver com seus pais na periferia de Buenos Aires, e para isso,
passa a adotar o nome falso de Ernesto, em homenagem a Che Guevara.
O Curioso do
filme é que o tema principal é sobre o amor. Amor do menino pelos pais e pelo
seu Tio Beto, pois Juan abre mão de sua verdadeira identidade para poder viver
com sua família; e pelo seu primeiro amor: Maria, uma colega de classe que também
se apaixona por “Ernesto” e vivem momentos de pureza pueril.
Apesar das
histórias de amor, o filme mostra com clareza o ambiente de repressão e de
violência daqueles dias de ditadura.
“Erneto”
testemunha o cotidiano dos ativistas, suas reuniões, os treinamentos, etc.
O
protagonista perde o tio e depois o pai, e sua mãe se torna desaparecida e por
conta disso, os militares deixam Juan aos cuidados da avó materna, que sempre
foi contra o radicalismo da filha e do genro, que colocavam em risco a vida de
todos e principalmente do neto.
O diretor
opta por não mostrar a violência crua ou explícita da ditadura, mas mesmo assim
consegue expor o horror do sistema.
É um filme
muito interessante, porque, apesar da crueldade daquele momento da história, o
sentimento de amor sobreviveu.